Thursday, November 26, 2009

Uma escolha


Numa noite de neve em que a lua cheia espreita por entre as nuvens, um carro vermelho desportivo viaja a grande velocidade por uma via rápida que atravessa planícies geladas com vegetação congelada. Parece um relâmpago que interrompe um dia silencioso, seco e ventoso.
- E então? Estás pronta? – Berrou ele por cima da música que passava no rádio.
- Por ti sim, mas por mim… não dá para alguém se preparar para algo como isto.
- É rápido, vais ver. É sempre muito rápido.
- Como é que sabes?
- Nos filmes é sempre rápido.
- Hahaha… São filmes. Lá é sempre tudo muito rápido.
- Sim, pois é. Mas não pode ser muito diferente.
- Está bem… se tu o dizes…
Continuam aquela curta e rapidíssima viagem em direcção a nenhum sítio. Ao verem um local extremamente iluminado no meio de um campo sem vegetação, apenas um manto de neve a cobrir o chão plano e não acidentado, saem da estrada e dirigem-se para lá.
Param o carro, saem e dirigem-se à mala. Ele abre a mala tira dois pequenos instrumentos de igual forma e tamanho, e dá um a ela. Eles dirigem-se ainda mais para o centro da luz e estacam um em frente ao outro.
Eles conseguem ver perfeitamente as faces um do outro com aquela luz, a sua juventude está explícita nas suas faces. Têm as caras vermelhas pelo frio e conseguem ver claramente as lufadas de ar à sua frente. Estão de manga curta, mas naquele momento não importa, não é o mais importante. Ela segura com as duas mãos uma pistola direccionada ao peito dele e ele… com uma mão aponta ao peito dela.
- Não apontes ao meu coração. Quero-o intacto com o meu amor por ti. - Disse ela desviando também a sua arma do peito dele.
Apontando à cabeça dela, ele volta a direccionar com a mão livre a arma dela ao seu peito.
- Eu quero que tu deixes uma marca profunda no meu coração. – Disse com um simples sorriso desarmante. – Aos três…
Um… Dois…

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